Lideranças do PSB que antes eram próximas da presidente Dilma no Estado, agora se engajam na campanha de Marina
Fonte IG.com
A ascensão de Marina nas pesquisas alterou o quadro eleitoral em Pernambuco. No estado natal de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo, Dilma vencia o ex-governador do Estado, embora por um percentual pequeno. Agora, as pesquisas dão Marina Silva, a substituta de Campos, à frente da atual presidente da República. Lideranças do PSB no Estado como o atual governador, João Lyra, mostravam-se muito mais próximos de Dilma. Em abril, imediatamente após sua posse no governo de Pernambuco, Lyra recebeu a presidente em sua cidade, Caruaru. Agora, ele engrossa o apoio a Marina. Ex-ministro da Integração Nacional de Dilma, o candidato a senador no Estado, Fernando Bezerra Coelho, sentia certo desconforto no PSB. Ele e Lyra não pertenciam ao círculo mais próximo de Campos.
DIVULGAção/PSB
Bezerra também estava contrariado porque pretendia ser candidato ao governo e foi preterido. Teve de se contentar com a disputa ao Senado. Mas, no momento, o ex-ministro e o atual governador se sentem abrigados no PSB, tal como Marina. E se engajam, com afinco, em sua campanha. Outra alteração: o candidato a governador do PSB, Paulo Câmara, tinha 11% nas pesquisas, antes da morte de Campos. Dez dias depois do acidente, subiu para 29%, diminuindo a diferença de Armando Monteiro (PTB), que tem 38%.
Lula foi chamado ao Estado e, no dia 4, participa de um ato para reforçar as campanhas de Monteiro e Dilma. .No Rio, deputados do PMDB que estavam com Aécio migraram para Marina. Em São Paulo, um deputado petista disse haver dentro de seu partido uma clima de “estupefação” com o crescimento de Marina nas ruas. Para ele, Marina estaria “parecendo um novo Lula”.
Rede progressista
O debate presidencial estimulou o crescimento nas redes sociais de candidatos pouco conhecidos com discurso progressista. Eduardo Jorge (PV) duplicou seus seguidores no Facebook nesta semana. Luciana Genro (Psol) cresceu 50%. Conservadores, Levy Fidelix (PRTB) e Pastor Everaldo (PSC) diminuíram o ritmo de crescimento.
Disputa de “elite”
A afirmação da presidenciável Marina Silva (PSB) de que o seringueiro Chico Mendes, morto em 1988, era “elite” colocou a figura dele no centro da disputa eleitoral. A viúva, Ilzamar, defendeu a candidata. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri (AC), do qual ele era presidente, divulgou uma nota contra Marina.
Neca causa furor
A crítica de Levy Fidelix (PRTB), no debate da Band, ao apoio à Marina Silva de Maria Alice Setúbal, a “Neca”, herdeira do Itaú, virou piadinha nas redes sociais. Para a comunidade LGBT, ganhou até um tom cômico. "Neca", na gíria gay, é sinônimo do órgão sexual masculino.
Parentes em campanha “pela família”
A candidata do PTB paulista ao Senado, Marlene Campos Machado, se apresenta como "a senadora da família". Ela é casada com o presidente estadual do partido, Campos Machado, que tenta renovar seu mandato na Assembleia Legislativa. Candidata à deputada estadual em São Paulo, Lívia Fidelix (PRTB-SP) destaca, em sua propaganda eleitoral, a importância da defesa da família. Ela é filha do presidenciável do partido, Levy Fidelix. As duas não explicam a família de quem.
Defesa dos animais também é tema comum
Assim como a família, a proteção dos animais é tema recorrente dos candidatos a deputado de diferentes partidos em São Paulo. O assunto já havia feito sucesso na eleição para vereador em 2012. O mais votado na capital paulista foi Roberto Tripoli (PV), com 132.313 votos, irmão do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP). O tema é mote de ambos.
O Estado brasileiro pagou um preço alto quando se confundia Estado com a Igreja Católica. Não pode voltar a pagar um preço alto pelo fundamentalismo religioso. Em boa parte acho que ela representa isso – Carlos Lupi, candidato ao Senado (PDT-RJ), sobre a presidenciável Marina Silva
*Com Leonardo Fuhrmann
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