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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Memento Mori

Google/Imagens
Por Roberto Gomes

“Memento Mori”, expressão latina essa que retoma um fato que parece está virando tabu no século XXI, tal expressão tem por significado lembrar que somos mortais. “Lembre-se da morte”, mas afinal, quem quer lembrar-se da sua finitude?
Algumas pessoas parecem lembrar-se disso apenas quando são condicionas a situações de limite, quando passam por alguma doença grave, ou alguma outra fatalidade que a coloque entre a vida e a morte. O pânico de não viver mais, de ver tudo que foi construído enquanto vida acabar, deslegitimando assim uma vida inteira que tanto lutou por se legitimar.
A incerteza que a morte nos traz nos faz procurar algo que possa nos transcender, visto que o fim parece cruel demais para nós que tanto construímos enquanto vida. Sócrates, considerado o grande filósofo da Grécia Antiga falou através do Diálogo Fédon de Platão que o filosofo se prepara para morrer, e o mesmo antes de beber a cicuta, veneno a qual foi obrigado a tomar, se viu contente, acreditava piamente assim, em suas crenças. Tal transcendência e negação da morte não ficam apenas no âmbito religioso, visto as áreas da ciência que trabalho com a criogenia, onde muitos pagam milhões para ter seu corpo congelado na esperança de viver novamente. 

Mas afinal, há vantagens de lembrar que não somos eternos? A resposta é sim, pois ao lembrar-se da nossa finitude temos a oportunidade de aproveitar mais a vida, pois as vezes nos pegamos com planos tão distantes e esquecemos de “colher o dia”, outra expressão Latina¹ bastante usada, que tem por significado mais amplo de aproveitar o dia como se fosse o último. Então, lembremos de aproveitar melhor o dia, pois a morte pode chegar a qualquer momento.
¹ Carpe Diem, que ao pé da letra significa: Colha o dia. 

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