Da agência Lusa
Blog do Agaci Soares
“Acho que em uma sociedade livre existe o direito de ser ofensivo com a religião dos outros”, disse o primeiro-ministro inglês, David Cameron; “Sou cristão. Se alguém diz algo ofensivo sobre Jesus, poderia considerá-lo ofensivo, mas em uma sociedade livre não tenho o direito de libertar a minha vingança sobre essa pessoa”, acrescentou; dias atrás, o papa Francisco condenou os atentados ao Charlie Hebdo, mas também repreendeu os insultos às religiões.
Dias depois de o papa Francisco condenar o ataque aos jornalistas do Charlie Hebdo, mas também os insultos às religiões, que eram recorrentes no jornal, em especial em relação ao Islã, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, externou uma posição diferente. “Acho que em uma sociedade livre existe o direito de ser ofensivo com a religião dos outros”, disse ele.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse hoje (18) que uma sociedade livre tem o direito de ironizar com a religião, discordando da opinião do papa Francisco, que considerou existirem limites para a liberdade de expressão.
“Acho que em uma sociedade livre existe o direito de ser ofensivo com a religião dos outros”, disse Cameron. “Sou cristão. Se alguém diz algo ofensivo sobre Jesus, poderia considerá-lo ofensivo, mas em uma sociedade livre não tenho o direito de libertar a minha vingança sobre essa pessoa”, acrescentou.
Cameron, que na última sexta-feira (16) esteve reunido com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em Washington, afirmou, ainda, que o seu trabalho é “fazer cumprir a lei” e não dizer a um jornal se pode ou não fazer uma publicação.
Na quinta-feira (15), o papa Francisco defendeu que a liberdade de expressão é um direito fundamental, que não permite "insultos à fé dos outros". Francisco acrescentou que "matar em nome de Deus é uma aberração".
"Não podemos provocar, não podemos insultar a fé dos outros, não podemos ridicularizá-la", disse o papa aos jornalistas a bordo do avião que o levava de Colombo para Manila. A liberdade de expressão deve "exercer-se sem ofender", disse o papa sublinhando que expressar-se era um "direito fundamental".
“Todos têm não apenas a liberdade, o direito, como também a obrigação de dizer o que pensam para ajudar o bem comum. É legítimo usar esta liberdade, mas sem ofender", disse o papa, pedindo verdade, principalmente na atividade política.
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