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quinta-feira, 5 de junho de 2014

FEMINISMO

FEMINISMO!
As mulheres conquistaram inúmeras vitórias desde que descobriram o seu poder de participação na sociedade, como o direito ao voto, os direitos trabalhistas e até a igualdade jurídica. Embora a quantidade de esposas submissas aos maridos seja inferior comparada a dos séculos passados, as diferenças entre homens e mulheres ainda não foram completamente sanadas. Ainda hoje, as feministas lutam pelos seus direitos inquestionáveis diante dessa guerra de gêneros.
        A visão que a sociedade tinha da mulher nos séculos passados era a de sexo frágil e submisso. Elas eram condicionadas a viver no lar, cuidar da casa e dos filhos, sem acesso à educação básica. Viviam às custas do pai e posteriormente do marido, não saíam de casa com frequência, e possuíam o único papel de exibir-se como pessoa exemplar e religiosa, modelo ideal de esposa cultivado por muito tempo.
        Esse comportamento superior do homem em relação à mulher nem sempre existiu, uma vez que há registros de que na pré-história as mulheres eram divinizadas pelo complexo de dar à luz, fato esse incompreendido e inacessível aos homens. Ginecocracia é um dos termos para resignar essa organização matriarcal. Depois disso, as mulheres passaram a serem vistas como objeto para fins meramente reprodutivos e sexuais, sendo consequência deste fato, ao contrário de hoje, o padrão de beleza que incluía as mulheres gordas como símbolo de aptidão reprodutiva e fartura. Com a mudança de hábito provocada no período Neolítico, o sedentarismo tornou-se modo de vida e as primeiras civilizações surgiram acompanhadas da divisão de tarefas por gênero: mulheres faziam a comida, teciam linhas e cuidavam dos filhos, enquanto que os homens praticavam a agricultura e caçavam, na condição de provedores do sustento e chefes de família.
       Com a chegada da Revolução Industrial no século XVIII, as mulheres começaram a trabalhar fora de casa. Em virtude do sexo, trabalhavam mais e recebiam salários inferiores ao dos homens. Os donos das indústrias alegavam a menor força física para exercer o emprego, e isso era comumente aceito, já que era inviável sair ou reivindicar algo, pois outras pessoas em busca de emprego aceitariam essa condição, ainda que injusta.
     Por volta do século XIX, as mulheres começaram a reconhecer o seu valor e a força que tinham. As feministas, como são chamadas as ativistas do movimento feminismo, criado em 1848 na convenção dos direitos das mulheres em Nova Iorque, lutam até hoje por direitos igualitários. A nossa atual constituição diz que "todos somos iguais perante a lei", mas isso não é bem o que acontece na prática. Decisões, como o direito da mulher na escolha de ter ou não o filho em casos de gravidez indesejada, ainda não foram resolvidas, como se a decisão final não fosse da mesma, que é dona do próprio corpo e indivíduo independente. "A gente acha que mudou, mas os homens ainda não aceitam nossa inclusão", afirmam algumas feministas. E as mudanças são vagarosas, de fato.
     No Brasil, o voto feminino foi reconhecido apenas em 1932 no governo de Getúlio Vargas. Foi uma grande conquista para as elas, embora tenha sido seguida de uma grande opressão pelo Estado Novo. Mesmo assim, a conquista não foi completa, já que apenas mulheres casadas autorizadas pelo marido, viúvas ou solteiras com renda própria podiam votar. As mulheres conquistaram o voto pleno em 1934 e em 1946 o voto feminino passou a ser obrigatório.
     Recentemente, feministas e até mesmo homens de todo o país têm ido às ruas protestar por mais igualdade de gênero em protestos intitulados como “A Marcha das Vadias”, com faixas com dizeres como "Nem santa, nem puta". Elas protestam contra o machismo, a misoginia, a criminalização do aborto e a opressão que sofrem. Com isso, o feminismo vem ganhando cada vez mais adeptos, visto que o movimento é necessário, já que preza a igualdade de gêneros que é um dos pilares fundamentais para manter uma sociedade em harmonia.
 ¹Texto também publicado na revista online Geração Z com o título de: Feminismo em Ascensão.

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