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sábado, 17 de maio de 2014

Cidadania: um olhar na direção do futuro

A cidadania há de ser conquistada através da luta individual e através da luta coletiva. Há situações concretas onde o cidadão tem de travar uma luta para conquistar seus direitos. Esta luta, individual, solitária, que o cotidiano da vida às vezes exige, é sempre dura e difícil. A luta individual é mais penosa, mais longa, com possibilidade de êxito menor. Porém, se uma situação concreta reclama a luta individual, não devemos recuar diante dos obstáculos.
Podemos renunciar a um direito por generosidade, jamais por comodismo ou apatia. Dou o exemplo: posso rasgar um documento de crédito, de que sou titular, se o devedor encontra-se numa situação aflitiva, porque o homem não pode ser lobo de outro homem. Neste ponto discordamos, humildemente, de Rudolf von Ihering, jurista mundialmente conhecido, que, na sua obra clássica A luta pelo direito, não admite a renúncia a direitos.
As classes dominantes desencorajam as lutas coletivas.  Com frequência, os líderes das lutas coletivas são perseguidos, presos e até mesmo assassinados. O povo tem de aprender a vencer seus desafios, com suas próprias forças. Mesmo que o ambiente envolvente seja adverso, mesmo que a luta coletiva não seja valorizada e enaltecida, é a união que faz a força.

João Baptista Herkenhoff, magistrado aposentado e palestrante, é escritor. É dele o livro 'Ética para um mundo melhor' (Thex Editora, Rio). - jbherkenhoff@uol.com.br

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