Blog do Agaci Soares
Da Redação
É comum nas rodas de bate-papo entre professores, coordenadores pedagógicos, gestores, enfim, por todos aqueles que se interessam por este tema se perguntarem: em qual nível de avanço tecnológico estamos? O incrível é que não se tem uma resposta satisfatória para atender ambos os públicos, sendo que cada um procura colocar a culpa em alguém, algo, etc.
Um dos grandes desafios é inserir 'no meio' que a reforma tecnológica não está acontecendo, ela já aconteceu, já está em seu pico e daqui pra frente apenas seremos tomados por mais e mais tecnologias avançadíssimas. No meio das reuniões sempre vemos textos, vídeos, etc. O incrível em tudo isso é que nunca vi uma auto-análise do tipo 'como está minha escola?' Quais as ferramentas que eu disponho? Quais destas ferramentas eu, como professor, coordenador, gestor ou supervisor sei usar? Quais destas os meus alunos tem acesso? Quais delas estão funcionando? O leque de perguntas é extenso e a resposta é a mesma: precisamos mudar a nossa metodologia. Método e técnica necessitam andar casados, nunca separados. Não posso pensar em levar os alunos a um laboratório de informática sem um planejamento, como também não posso planejar e não saber utilizar o laboratório.
Os ingredientes para que esta receita dê certo está na construção, capacitação, motivação, disponibilidade e boa vontade em querer aprender o novo em um tempo de velho. Nós, deste século, estamos passando por uma tremenda transformação. É como quando surgiu a televisão e as emissoras rádios ficaram apavoradas, sem chão, sem sentindo, chegando ao cúmulo de querer competir com a TV, criando a rádio-novela. Daí, deu-se o entendimento que a TV teria seu lugar e o rádio o seu. O processo de hoje está nesta mesma fase. O professor acredita que deve sair para entrar a tecnologia e aí é que reside um dos primeiros erros. A tecnologia é trazida e apresentada pelo mediador (o professor, no caso) e cada um tem seu lugar de grande destaque e importância em todo esse processo. A grande questão é que, em pleno Século XXI, não podemos falar em método sem técnica.
Os investimentos em materiais que norteiem a inclusão dessas tecnologias ainda são quase escassos. Parte dos investidores não compreendem a importância dessas ferramentas, nem ao menos capacitam os profissionais para usá-las de forma correta e adequada. É preciso mais que simples boa vontade. É preciso determinação.
Inserir estas tecnologias - que não podemos mais chamar de novas, uma vez que somos nós quem estamos "atrasados" - é oportunizar aos nossos educandos o vislumbramento de outros mundos, viajar através dos sites a outros países, conhecer sua cultura, suas crenças, seus costumes, pesquisar à distância e imaginarmos estar percorrendo aquelas ruas e locais. É reconhecer que não precisamos apenas de um quadro ou datashow, mas que é necessário criar as tão faladas bibliotecas virtuais. Nossos alunos não desejam sair com um livro na mochila escolar, mas com uma mídia que ele possa transportar facilmente. Não podemos descartar as tecnologias nem ignorá-las, não dá mais para voltar atrás, o mundo evoluiu, o aluno evoluiu, os meios evoluíram, a carta escrita deu espaço aos emails e você ainda quer continuar preso na era passada?
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